Dicas de Pesca – Saiba tudo sobre a pesca de peixes de couro
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Dicas de Pesca: Peixes de Couro em Pesqueiros
Reportagem elaborada por Bruno Pirarara: e aprovado pelo professor de pesca de São Vicente, que tem sua loja de pesca bem de frente ao mar da biquinha onde fica centenas de pescadores, todos os dias, e quando precisam vem tirar qualquer dúvidas sobre pesca com o ProfessorHistórico:
Primeiramente gostaria de agradecer a
oportunidade de estar podendo expressar minhas opiniões através desta
matéria, e se puder, ao menos, transmitir algum conhecimento ou
ensinamento para algum colega pescador, já me darei por muito satisfeito
e realizado. Acredito que minha história é igual a de muitos pescadores
que se identificarão com a matéria abaixo.
Comecei com 10 anos, onde aprendi a
pescar com meu pai em arrozais e açudes em JOINVILE-SC. Traíras, Mandis e
Carás eram os peixes e o material, varas de bambu. As iscas eram
minhocas e pedaços de peixe. Apaixonei-me por pescar Traíras, tanto na
espera, como na busca por elas. Uma vez tive a oportunidade de pescar um
Jundiá, Mandi grande, e ai nasceu à semente da busca de peixes grandes.
Um dia comprei de um ambulante um kit de
molinete e umas iscas, a partir deste ponto, passei a freqüentar todos
os pesqueiros, e utilizava o mapa pesqueiro, aquele que trazia o mapa da
grande São Paulo, pontuando nas rodovias todos os principais pesqueiros
e aos poucos investindo na tralha, ora comprando um molinete, ora
melhorando a qualidade da linha e assim por diante.
Posso dizer sem erro que fui a mais de
80% dos pesqueiros, onde destaco o Maeda, Pesqueiro da Marlene, mais
tarde tornando-se Tio Oscar, Maravilha, hoje Pesqueiro Feroz, Taquari,
Pantanosso, Estância Pesqueira Campos, Pesca e Companhia, Vale do Peixe,
Holiday e alguns da região do Riacho Grande, sempre atrás de grandes
exemplares. Nesta época já frequentava as poucas pescarias noturnas
disponíveis nos pesqueiros, já tinha também me apaixonado por pescar a
noite.
Sempre atrás de peixes grandes, seja
pacus, cacharas e dourados, nesta época, estamos falando de 18 anos
atrás, era muito difícil fisgar peixes com mais de 10 quilos, acabava de
nascer a pesca Esportiva, a maioria dos pesqueiros ainda usavam o
sistema de pesque e pague, o qual não tinha objetivo de ter peixes
grandes e sim pequenos e no máximo médios.
Com a pesca esportiva nascendo nos
pesqueiros, e se difundindo rapidamente, começava a busca por peixes
grandes e brigas memoráveis, não só minha, mas de outros pescadores. Os
peixes eram, na sua maioria, exemplares antigos dos lagos, que
aprenderam a sobreviver às iscas dos pescadores e por esta razão,
ariscos por natureza.
Nesta época já pescava com anzóis sem
farpa, inicialmente cumprindo as regras dos pesqueiros, mas depois
percebendo a necessidade da preservação dos bons exemplares, raros nos
lagos. Também usava o alicate tipo grip, mas depois vendo o que ele pode
causar aos peixes, abondonei o uso freqüente desta ferramenta.
HOJE, O ALICATE GRIP ( COM BALANÇA) NÃO É MAIS USADO NA PESCA ESPORTIVA EM PESQUEIROS.
Comecei a registrar todas as pescarias, utilizando as agendas do
pescador, vendidas junto com as revistas de pesca. Marcava tudo,
material, iscas, local, quantidade de peixes, tamanho e tipo dos
peixes. Hoje faço isso via computador e faço tabulações para analisar
as pescarias e ajudar no planejamento das próximas.
Como todo pescador de sofá, lia todas as
revistas e assistia aos programas de pesca disponíveis na TV, ainda não
era tão difundida a internet há 5 anos, tentando buscar lugares,
horários, materiais e técnicas para garantir boas pescarias.
Um dia na Loja Big Fish, encontrei o
Diogo, apresentador do Pesca Alternativa, que passava na antiga TV
Aberta, depois, Canal Comunitário, Record e hoje no SBT, e ele me falou
sobre um pesqueiro chamado Castelinho, o qual tinha gravado uma matéria,
onde tinham fisgado 3 Pirararas, entre 6 e 9 kgs, com forte briga,
forma da puxada, grande tomada de linha e esportividade impressionantes.
Foi dia 26/09/04, sábado que foi no ar o
programa e assim que acabou, liguei para o Castelinho e pedi
informações. Numa quarta-feira fui ao pesqueiro de ônibus e fiquei 3
dias, onde pesquei principalmente à noite, na época, no antigo lago vip.
Em 3 noites foram 20 Pirararas, várias Cacharas e Pintados. Usava
Lambaris e Tilápias como isca, na volta, entrei no ônibus na rodoviária
em São Pedro e só fui acordar na rodoviária do Tietê em São Paulo.
Voltei nos dois finais de semana
seguintes, cada um, com cada filho meu, devido à agenda deles, sabe como
é, sacrifício de pai, também de ônibus e a mesma fartura de pesca se
repetiu.
A partir destas 3 pescarias, onde pude
experimentar pescar esportivamente vários peixes entre 10 e 17 kgs,
principalmente peixes de couro, com a adrenalina a mil, tornei-me um
aficcionado pela Pirarara e o Pesqueiro Castelinho Pesca e Lazer.
Vou dizer o que em minha opinião é uma boa pescaria:
1) Tem
de ser um lugar que você se sinta bem, agradável, que você se
identifique, não dá para ficar em um lugar incomodado com alguma coisa.
2) Tem
de ser um lugar que te de expectativa, esperança pra ficar o dia todo,
ficar a noite inteira, às vezes de baixo de chuva, viajar vários
quilômetros, carregar quilos e quilos de tralha, para pegar aquele peixe
especial, um Dourado, uma Pirarara, um Jaú, um Pirarucu, etc., enfim
algo que realmente te motive.
3) Tem de ter boa companhia, família, amigos, ou um lugar que você encontre colegas com mesmo ideal que você.
Mas espera ai, e o peixe não conta? Bom…. ai…… se entrar aquele peixe que te motivou a pescaria, num lugar agradável, que te deixe feliz e a vontade e com a companhia da família, dos seus amigos e colegas, não estamos falando mais de uma boa pescaria, mas sim de uma SUPER PESCARIA!
O Castelinho pra mim tem tudo isso,
mesmo quando vou sozinho, me instalando no meu cantinho, na rede ou na
barraca, sempre tem bons amigos, colegas e companheiros, sempre
dispostos a ajudar e dividir glórias e experiências dos peixes fisgados
ou lamentar aqueles perdidos, ou mesmo dividir a espera cansativa, mas
prazerosa pela chance de ter ação e ataque dos peixes.
Realmente eu encontrei no Castelinho
tudo isso e muito mais, super apaixonado por acampar também, lá eu posso
unir essas duas paixões, pescar e acampar. Estar acampado na beira do
lago, pertinho das varas, curtir todo o prazer de montar um pequeno
acampamento, fazer a própria comida, um churrasco com os amigos, um
cafezinho na madrugada, que faço questão de dividir com colegas, dando
uma volta no lago, ao amanhecer, com meu pequeno bule ou garrafa
térmica, afinal, depois de passar uma noite inteira na beira do lago,
nada mais justo que um bom cafezinho no inicio do dia para ajudar na
espera pelo troféu.
Tenho hoje registrado todas as Pirararas
que fisguei no Castelinho, marcando data, horário, ponto do lago e o
peso. Com este material, fonte de estudo e forma de planejar minhas
pescarias, posso testar e aumentar a eficiência em minhas pescarias.
Graças a este material e ao próprio
pesqueiro Castelinho, pude convidar meu amigo Diogo do Pesca
Alternativa, retribuindo a indicação dele no passado, levando-o para uma
pescaria de peixes de couro no Castelinho onde pude mostrar algumas
Técnicas e equipamentos que desenvolvi para este tipo de pesca, que
gerou o Programa número 33, em busca das Pirararas. Particularmente uma
grande realização para mim, sem preço, tipo não é mastecard que paga.
OS SEGREDOS DE UMA BOA PESCARIA
O alarme eletrônico
A melhor forma de utilizar o alarme de
janela como alarme de pesca é fixar as duas partes do alarme na
extremidade de dois pedaços de bambu com aproximadamente 1,5 cm de
largura e 30 cm de comprimento. Em seguida, basta amarrar 3 pedaços de
50 cm de barbante na haste do bambu que contém o sensor e na outra
extremidade de cada barbante, prender 3 garras, utilizadas nos crachás.
Para montagem no local da pesca, basta
posicionar 3 varas em linha e bem perto uma da outra, fincar a haste do
sensor no meio das 3 varas, distante uns 40 cm, fixar as garras nos
suportes das varas, deixando o barbante ligeiramente esticado, com
pressão mínima. Fincar a haste que contém o alarme ao lado da haste do
sensor e observar a marca de acionamento que esta em alto relevo nos
dois dispositivos, para facilitar, pode-se pintar estas marcas
deixando-as mais visíveis.
O próximo passo é ligar o alarme através
de um botão na lateral e testar o acionamento, todo alarme
independentemente da marca tem um campo de acionamento da sirene, e o
segredo é deixar este campo próximo ao ponto mínimo para acionamento.
Pronto, quando o peixe pegar a isca,
puxando a linha e tencionando a vara, esta vai mover o suporte fincado
na terra, puxando o barbante e acionando o alarme. Pela elasticidade do
bambu, se for somente um único puxão a haste voltara à posição dentro do
campo de não acionamento. Basta explorar este campo e a tensão no
barbante de acordo com o suporte e a firmeza da terra, que o mesmo
estiver fincado, para ter sucesso com o alarme de janela. PoDe-se
utilizar outros materiais para a haste além do bambu, mas este foi o
material com custo beneficio melhor e mais simples que encontrei.
Quantos não foram os peixes perdidos,
por não perceber a fisgada do peixe, às vezes estando perto ou mais
longe das varas, cochilando, conversando, montando o acampamento, etc.
A Pirarara quando pega e carrega a isca,
não dá trancos na linha para fazer a vara balançar o guizo (sininho),
simplesmente ignorando o peso da linha e a fricção do molinete ou
carretilha, ela vai puxando progressivamente com força em uma única
direção. Já vi vários pescadores perderem muitos metros de linha,
equipamentos completos com salva-vara e tudo, caixas de pesca, galhos de
árvores quebrados e até pequenas árvores arrancadas na margem, pelos
peixes grandes do Castelinho.
O Salva-vara
Normalmente os salva-varas encontrados no mercado, não são indicados para pesca de grandes peixes.
Eu utilizo fitas de náilon, usadas em
bolsas, ou cordas de náilon em um comprimento de 2,5 mts preso
(amarrado) na vara, sempre depois da carretilha ou molinete. Se prender
antes se certifique que esteja bem preso. Na outra extremidade, utilizo
um mosquetão tamanho médio para prender de forma rápida em outro
suporte, diferente daquele que a vara esta presa.
A vantagem de ter o salva-vara preso a
vara é que na hora da fisgada, quando você precisa retirar a vara do
suporte, ela esta livre e o salva-vara com 2,5 mts de comprimento,
permite mobilidade para a briga com o peixe até que possa, no momento
certo, retirar o mosquetão do outro suporte, sem falar que se algo
acontecer ao suporte que a vara esta presa, o segundo suporte, através
do salva-vara ira aumentar a chance de proteção ao seu conjunto.
Aconselho prender o salva-vara ao seu
cinto, após a retirada do suporte, para que se na hora da briga ou na
retirada do peixe da água, seu conjunto esteja protegido de um eventual
deslize e vara escapar de suas mãos, principalmente à noite em que o
sereno deixa úmido o cabo da vara ou em dias de chuva. Já tive a
infelicidade de presenciar um pescador perder seu conjunto ao dar ponta
de vara na hora da briga e também por duas vezes ao retirar Pirararas da
água, estas estavam carregando conjuntos inteiros presos as linhas na
boca das mesmas, um deles pelo estado de avaria, deveria estar há muito
tempo, provavelmente os conjuntos não estavam bem protegidos.
O suporte
A história do meu suporte reforçado
nasceu depois de tantos suportes convencionais entortados, quebrados e
arrancados da terra pelas Pirararas em minhas pescarias.
O desenvolvimento teve 4 versões e a
versão atual, cor branca, esta aperfeiçoada para agüentar bem o tranco
de uma puxada de Pirarara com meia fricção na carretilha, para dar uma
fisgada parcial, posicionado a 45 graus, e agüentar a tomada de linha
até que o pescador venha retirar a vara do suporte. Mas sempre, por
segurança, amarre a vara em outro suporte ou outro local, pois zelo em
segurança nunca é demais.
O suporte reforçado possibilita melhor
eficiência na pesca lateral, ou de barranco, inclusive se o peixe correr
em sentido contrário ao que o suporte estiver posicionado e em
situações severas de muita força exercida pelo peixe.
Pode ser encontrado no Pesqueiro Castelinho, www.castelinho.com e na Via costeira, loja de material de pesca no Jabaquara.
Hoje já temos 400 suportes com os pescadores de peixe de couro e uma comunidade exclusiva do suporte reforçado, http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=87469621
Cabo da vara e a lubrificaçãoPor causa do sereno e dias de chuva, eu enrolo fitas de câmara de ar de bicicleta em volta dos cabos das varas para dar maior firmeza nas mãos e também para proteção dos cabos. Para melhorar, recomendo o uso de luvas na hora da briga com peixes grandes.
Não esquecer de usar um WD ou WM ou
outro óleo protetor, para lubrificar periodicamente as carretilhas,
molinetes e roldanas, porque sol e chuva consecutivas em dias seguidos
acabam por engripar ou dar margem a criar oxidação no equipamento,
principalmente se for guardado por muito tempo.
Não esquecer de soltar totalmente a fricção ao guardar o equipamento.
Carretilha ou Molinete
Eu sou assumidamente adepto de molinetes
de boa qualidade, Daiwa( BG 90) e Penn (750SS), mas não posso deixar de
reconhecer a vantagem que a carretilha leva em brigar com peixes
grandes, não só pela posição do carretel, que facilita e minimiza o
esforço para enrolar, mas pela capacidade de armazenamento de linha,
fundamental na briga dos grandes peixes e resistência nas longas brigas.
A vara
A vara tem duas características importantes: a Ação e a Potencia.
Em minha opinião a vara para os peixes
grandes tem de ser de AÇÃO média entre 60 e 80 Lbs, pois se a vara for
rápida (flexiona 25% a partir da ponta da vara), ou seja, dura na
libragem de 120 lbs, ela não cansará o peixe e forçará o braço do
pescador em uma briga com mais de 40 minutos.
Por outro lado se ela for AÇÃO lenta
(flexiona ao longo de quase toda extensão da vara) o pescador não terá
arrasto para trazer o peixe, forçará a fricção demasiadamente e a briga
se arrastara por mais tempo, correndo o risco de fadigar alguma parte do
equipamento ou perder o peixe.
Para a Potência da vara, ou seja, o tipo
de construção e material, recomendo varas para pesca média pesada à
extra pesada ou heavy (MH, H, XH).
Particularmente prefiro as tubulares
pelo peso da vara, mas nada contra as de fibra de vidro ou de carbono
maciças, inclusive tenho deste tipo nos meus conjuntos.
A Ponteira com roldana
Tenho também de reconhecer as vantagens
da ponteira com roldanas por minimizar o esforço, poupar a linha do
atrito no passador, aliviar a força para a fricção e deixar a briga para
a vara e o braço do pescador. Imagine puxar um saco de cimento de 50
kgs com uma corda do centro de um prédio alto, com a corda raspando no
beiral do prédio, se tivesse uma roldana ficaria mais fácil e a corda
não desfiaria ou esquentaria??? A resposta é sim.
A linha
É o elo direto entre o pescador e o
peixe e não pode ser menosprezado, principalmente se o objetivo é fisgar
peixes grandes a linha deve ser de boa qualidade e bitola adequada,
0,70 - 0,80 ou 0,90mm.
Particularmente eu prefiro 0,80mm da
super raiglon importada. Claro que há casos de retirar peixes grandes
com linha 0,37 e equipamentos mais leves, até levado como grandes
feitos, mas na verdade, fruto de uma série de fatores e muita sorte.
Não dá para generalizar e indicar,
afinal o conjunto tem de estar apropriado e pronto para as piores
situações na briga com grandes peixes de couro.
O ideal é ter pelo menos 150 mts de linha, 100 mts as vezes não da para conter a primeira arrancada e domar o peixe.
Da para usar linhas de multifilamento
sem problema desde que superior a 80 lbs, mas ela é muito sensível nas
estruturas, podendo romper.
O empate
Deve ser com um anzol de 9 a 12/0, com a
farpa esmerilhada ou amassada, cabo de aço para 100 lbs com 20 a 40 cms
e um bom girador número 4. Agora o segredo esta na montagem, utilizando
luvas reforçadas de latão e com voltas duplas bem apertadas.
Podem-se utilizar anzóis menores e até
não usar cabo de aço e sim linha trançada, mas o objetivo é colocar o
conjunto mais apropriado para a pesca de grandes peixes de couro nas
diversas situações, ex: se a pesca for de jaús em pedras tem de usar
cabo de aço.
Segurança e acessórios
Com toda certeza o item segurança é um
dos mais importantes, porque o pescador tem de estar em perfeitas
condições de saúde e ter segurança e tranqüilidade ao pescar.
Para isso vale lembrar de levar alguns
itens para encarar uma pescaria noturna e dois ou três dias de pesca,
mesmo em pesqueiros.
- Caixa de primeiros socorros com gaze,
anti-séptico, esparadrapo, comprimidos para dor, pomada para dor
muscular, sal de frutas, tesoura, agulha, etc.
- Capa de chuva, prefiro aquelas capas de motoqueiro emborrachadas para proteger melhor na pescaria na beira dos lagos e contra furos que podem ser causados pela vegetação, podendo provocar ferimentos.
- Tênis confortável e Bota de plástico para a chuva e andar no mato.
- Boné ou chapéu normal e boné impermeável ou de couro para chuva.
- Toca de lã para o frio e sereno.
- Jaqueta ou blusão para a madrugada.
- Lanterna comum e lanterna de cabeça com pilhas para iluminar os caminhos.
- Lampião e camisinhas.
- Repelente (liquido e velas) e um bom protetor solar.
- Barraca pequena, capa plástica e um pequeno edredom.
- Luva e cinto com suporte de vara.
- Óculos de sol para proteger os olhos de possíveis impactos além do sol.
- Apito, celular, rádio ou outro meio de alertar companheiros mais distantes.
- Panos para limpeza, toalha para rosto. (não economize).
- Alicate de corte e universal.
- Capa de chuva, prefiro aquelas capas de motoqueiro emborrachadas para proteger melhor na pescaria na beira dos lagos e contra furos que podem ser causados pela vegetação, podendo provocar ferimentos.
- Tênis confortável e Bota de plástico para a chuva e andar no mato.
- Boné ou chapéu normal e boné impermeável ou de couro para chuva.
- Toca de lã para o frio e sereno.
- Jaqueta ou blusão para a madrugada.
- Lanterna comum e lanterna de cabeça com pilhas para iluminar os caminhos.
- Lampião e camisinhas.
- Repelente (liquido e velas) e um bom protetor solar.
- Barraca pequena, capa plástica e um pequeno edredom.
- Luva e cinto com suporte de vara.
- Óculos de sol para proteger os olhos de possíveis impactos além do sol.
- Apito, celular, rádio ou outro meio de alertar companheiros mais distantes.
- Panos para limpeza, toalha para rosto. (não economize).
- Alicate de corte e universal.
A Foto, a pesagem e a soltura
É comum ver em revistas, um peixe de 5 quilos com o rótulo de 10 quilos.
Por esta razão comecei a pesar e
registrar o peso nas minhas fotos, sendo o mais real e imparcial
possível, porque ao longo do tempo, você vai ganhando respeito dos
colegas pescadores e credibilidade nos relatos e histórias de pescarias.
Mesmo sozinho, na maioria das pescarias,
utilizo o temporizador da máquina digital com ajuda de um banquinho ou
tripé. O ideal é chamar um colega para bater a foto, mas nem sempre é
possível. Sempre deixe a máquina fotográfica regulada para autoflash, 2
fotos automáticas e com o mínimo de 2 megapixel, para ter boa qualidade
de foto e ganhar tempo, vital para o bem estar do peixe.
A balança digital é mais fácil de usar e
registrar o peso além de ter maior confiabilidade na medição, as
balanças normais tem erro de aproximadamente 1 quilo. A balança de
banheiro é a melhor forma de pesar peixes acima dos 50 quilos, bastando
descontar o peso do pescador do peso total.
Para não machucar o peixe, o ideal é
usar um pano grosso com umas 4 a 6 amarras, formando uma cesta (berço),
para o peixe, mas na falta deste, pode-se usar um passágua grande,
passando o gancho da balança pelo arco do mesmo, tomando cuidado para
não machucar o peixe.
Todo o processo de pesagem e fotografia
deve durar o menor tempo possível, para não estressar demasiadamente o
peixe, os peixes de couro podem suportar 4 minutos fora da água sem
causar nenhum stress.
Procurar evitar que várias pessoas batam
fotos com o peixe, mesmo que seja família ou o melhor amigo, pois
aumenta muito o tempo do peixe fora da água. Duas fotos bastam para
registrar o peixe.
Lembre-se: “Mais importante que a foto
ou o peso é o bem estar do peixe para que você e outros pescadores
possam pega-lo de novo em outra ocasião”
Ao soltar o peixe, nunca o jogue, devolva-o cuidadosamente,
valorizando o prazer que ele deu ao fisgá-lo e na briga, espere ele se
recuperar um pouco, mesmo em pesqueiros onde não tem predadores
naturais.
A técnica da pescaria e iscas
Quando em um quiosque ou no seu ponto de pesca, você deve procurar
observar a geografia do ponto, ou seja, se existem estruturas, entradas
no barranco, vegetação flutuante, etc. Dispor as varas próximas uma das
outras, normalmente coloco duas iscas, uma viva e outra morta bem perto
uma da outra, 2 ou 3 metros da margem e perto de uma vegetação ou
estrutura e uma terceira isca um pouco mais para o meio e as vezes até
um pouco mais distante. Desta forma, nunca enrosquei ou provoquei
qualquer inconveniente para o pesqueiro ou colegas. Importante, como as
iscas estão perto do barranco, é importante não ficar andando por perto,
para não afugentar os peixes menores e ate mesmo a chegada dos grandes
peixes.
Usando três varas você pode deixar uma
do lado esquerdo, na margem (barranco), menos de 1 metro, uma do lado
direito também na margem (barranco) a 2 metros e outra no meio a 3
metros, desta forma você formou um triangulo, cercando uma área perto do
barranco. O conjunto que esta no meio, se não estiver batendo mesmo, vc
pode afastar para 4, 5, 6 metros ou até mais longe, principalmente de
dia.
Outra técnica é colocar as iscas em
linha, ou seja, fazendo uma reta com as 3 iscas, as vezes não adianta
ficar espalhando, já jogou batalha naval, mas vale 3 tiros em linha e
perto do que 3 tiros isolados no meio.
Normalmente a isca que fica mais perto
do barranco, uso a tilápia viva ou cabeça de peixe, a segunda isca, a
cabeça de peixe e a terceira, novamente a tilápia viva ou outro tipo de
isca viva, podendo alternar a ordem de iscas.
A pesca de peixes de couro é uma
pescaria de espera, ou seja, tem de esperar o peixe passar e achar suas
iscas, por isso é importante deixar o local bem tranqüilo, sem agitação
na água, sem barulho e movimentação no barranco. Se for a noite a
iluminação tem de ser a mínima possível, deixando o mais natural
possível.
Deixar as varas juntas também ajuda,
pois se você está afastado e visualizando seus conjuntos, você olha em
uma única direção e pode posicionar sua barraca, rede, cadeira,
acampamento, etc de modo a observar melhor. Procuro sempre montar meu
acampamento a uns 5 metros do ponto onde montei meus conjuntos, quando é
possível para evitar movimentação perto do barranco.
A pesca de peixe de couro não conflita
no espaço, com as outras pescarias porque você pode explorar mais o
barranco e regiões próximas as margens e estruturas.
Procurar
jogar a isca, não arremessar, colocar as iscas, cuidadosamente, nas
margens com reentrâncias, curvas, com vegetação na superfície ou perto
de estruturas e pedras na água. Mas cuidado, quanto mais perto de
estrutura você colocar a isca, mais fácil será de pegar, mas mais fácil
será enroscar e você perder o peixe, dai tem de ficar fazendo mágica, se
arriscar ou perder o peixe.
Tem de avaliar a distância da estrutura de acordo com o equipamento e regulagem da fricção.
Procure não pescar em cima de decks e
plataformas, todos os pescadores mais experientes e conscientes não
pescam peixes de couro nestes lugares. Porque é fácil pegar, mas muito
difícil tirar, o peixe vai entrar e se enroscar completamente, além do
que vai estressar o peixe, enquanto você tenta erguer o peixe com a vara
e caminhar ou tentar arrasta-lo ou coloca-lo na plataforma. O peixe
pode se machucar batendo na madeira, em pontas, pregos e fendas. Na
verdade não tem o prazer da briga, nem corrida com tomada de linha e se
tiver muita sorte de tirar o peixe, deve ser logo devolvido. As chances
maiores são dos peixes escaparem, ficarem enroscados e ficarem com os
anzóis na boca.
A isca morta que uso é a cabeça de
peixe, que pode ser achada na feira, se achar de peixe de água doce,
melhor, mas de peixes de água salgada também servem, a de corvina é a
melhor. O tamanho deve variar com o tamanho do anzol, para anzol 10/0,
uma cabeça de peixe com 1 a 2 quilos. Agora nada impede de você
conseguir pegar Pirarara ou outros peixes de couro, com qualquer outra
isca, massa, salsicha, carne, queijo, etc.
Com relação às iscas vivas pode-se usar
tuvira, pirambóia, minhocoçu, traíras, cascudos, tilápias e piaus.
Fisgue pelas costas, quanto mais na extremidade dorsal melhor deixando a
ponta do anzol bem exposta. Se o peixe for muito pequeno, exemplo,
lambaris e tilápinhas, pode-se passar o anzol pelo olho ou narina,
reduzindo o tamanho do anzol. O anzol sempre deve ser proporcional ao
tamanho da isca. O chumbo também deve ser proporcional. Ex.: para uma
tilápia de 500 gms um chumbo de 250 gms.
Procurar explorar as margens, mas às
vezes as pirararas batem no meio, quando estão de passagem. Elas podem
sair para comer a qualquer horário, mas no fim de tarde, à noite, e no
amanhecer são os períodos mais comuns, mas não pense que é fácil não,
elas estão muito ariscas e seletivas, normalmente tem muita comida no
lago pra elas.
O peixe de couro engole sua presa
inteira e depois seu estômago faz a digestão lentamente. No caso da
Pirarara, o ciclo dela inicia com o estômago vazio e ela sente uma
vontade incontrolável de comer e se sentir cheia, é comum em aquários
você observar ela comendo pedras até estufar seu estômago e depois
regurgitar, quando não acha nenhum tipo de comida, só para satisfazer a
vontade de comer. Depois de se satisfazer, ou seja, de estômago bem
cheio, até deformado, ela apoita verticalmente com a cabeça para cima,
para ajudar a descer todo o alimento ou na horizontal, perto de uma
estrutura ou barranco, por aproximadamente 24 horas, neste período ela
não come, mesmo se a preza passar pela sua boca, em seguida ela se
encosta verticalmente com a cabeça para baixo ou inclinada também em uma
estrutura, pau ou barranco e regurgita os restos que não puderam ser
digeridos, exemplos: espinha dorsal, pequenos ossos, etc. A partir deste
momento ela retorna ao ciclo e começa a comer novamente. Este ciclo
normalmente demora de 48 a 72 horas dependendo do tamanho do peixe.
Sou aquarista há 35 anos e sempre tive
peixes de rio em meus aquários, Pirararas, Cacharas, Pintados, Aruanas,
Surubins, Bico de pato, jaus e Pirarucus o que me ajudou muito em
avaliar o comportamento destes peixes.
Se você deixar a linha solta, não
deixando esticada e tencionada, deverá ter maior efetividade nas suas
fisgadas, pois os peixes de couro costumam abocanhar suas iscas e sair
nadando e neste momento se ele já sentir a tensão da linha, ele pode
soltar a isca antes do anzol chegar a boca do peixe. Deixando solta,
aproximadamente uns 2 metros o peixe poderá nadar um pouco e alojar a
isca toda dentro da boca e assegurando a fisgada do anzol.
Pesco peixes de couro a mais de dez anos e já fisguei mais de 370 pirararas e 200 pintados e cacharas em pesqueiros e em rios.
Atualmente os peixes de couros estão em praticamente todos os melhores pesqueiros e ao alcance de qualquer pescador.
Atualmente os peixes de couros estão em praticamente todos os melhores pesqueiros e ao alcance de qualquer pescador.
Pirararas e Pintados com mais de 20 quilos podem ser encontrados nos seguintes lugares:
Pesqueiro Castelinho - www.castelinho.com
Pesq. Córrego das Antas - www.pesqueirocorregodasantas.com.br
Pesqueiro Arujá - www.pesqueiroaruja.com.br
Pesqueiro Lago Azul - www.pesqueirolagoazul.com.br
Pesqueiro Bem-te-vi – www.pesqueirobemtevi.com.br
Pesqueiro Novo Anhanguera
Pesqueiro Recanto do Pacu
Entre outros…
Segue mais algumas fotos de belos exemplares:Pesq. Córrego das Antas - www.pesqueirocorregodasantas.com.br
Pesqueiro Arujá - www.pesqueiroaruja.com.br
Pesqueiro Lago Azul - www.pesqueirolagoazul.com.br
Pesqueiro Bem-te-vi – www.pesqueirobemtevi.com.br
Pesqueiro Novo Anhanguera
Pesqueiro Recanto do Pacu
Entre outros…
Para dúvidas, utilize o canal de comentários abaixo, responderemos aqui mesmo o mais breve possível.
Abraços e Boas Pescarias
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